Ana e Carolina

Ana e Carolina

No dia 2 de Março a Carolina nasceu de parto natural em meio hospitalar, às 39 semanas e 6 dias com 3,400. Durante o tempo em que estive grávida li tudo o que encontrei acerca da gravidez e parto mas pouco ou nada sobre a amamentação. Julgava que fosse algo fácil e instintivo. Os meses que se seguiram ao parto demonstraram o contrário.


Ainda no hospital fui gabada por ter muito colostro. Pensei que estava tudo bem. Uma semana depois do parto fomos ao Centro de Saúde. A Carolina tinha 3,100. Nada fora do normal, pensei. Durante as semanas seguintes ela mamava imenso. Na consulta do final do primeiro mês ela estava com 3,050. A enfermeira disse-me que o meu leite devia ser fraco e a médica de família mandou-me dar suplemento. O meu marido e eu decidimos que tal coisa não fazia sentido e, por isso, decidimos que iria dar de mamar mais vezes ao longo do dia. Cheguei a andar com ela agarrada à mama quase todo o dia. Ela continuava a não engordar e a minha mãe e a minha sogra só me diziam que o meu leite era fraco e “que não prestava para nada”. Além disso adicionou-se o facto de a minha mãe, avó e bisavó nunca terem amamentado. “É problema de família” ouvi muitas vezes. Também do lado da família do meu só marido não havia casos de sucesso: “ Não tinha leite suficiente”, “Chorava de fome e tive de dar biberão.”
No final do segundo mês a Carolina não tinha engordado uma grama e estava magrinha. Estava com 3,050 e andávamos assustados. Sabiamos que não podia ser do meu leite. Ela tinha algum problema e não sabiamos qual. Todas as noites agarrava-me a ela, aquecendo-a com o meu corpo porque ela arrefecia imenso. A meio da noite acordava só para me certificar se respirava.


A médica de família assustou-se e marcou análises. Análises essas que deveriam ter sido feitas logo no primeiro mês! Corremos no dia seguinte para o laboratório e só iríamos receber os resultados dali a três dias. Recorremos a um pediatra que passou logo um antibiótico. Se fosse uma infecção ela iria começar a aumentar de peso. De facto, assim o era. A Carolina, que tinha nascido com uns fantásticos 3,400 só tinha 3 quilos aos 3 meses por causa de uma infecção urinária. Mantivemos a amamentação e numa semana aumentou 200 gramas. Ficámos aliviados. Contudo, com medo de que não estivesse a produzir leite em quantidade suficiente complementei com LA durante um mês. Engordava a olhos vistos e, nessa altura, pedi ajuda às conselheiras para retirar o LA. Fui bem sucedida mas, duas semanas depois disso a Carolina só tinha aumentado cerca de 90 gramas. Era pouco para o coração de uma mãe que tinha visto a sua filha a desaparecer aos poucos. Acabei por introduzir sólidos pensando que ela iria engordar dessa forma. Tinha 4,700 aos 4 meses. Como é óbvio não resultou. Entrei em angústia e em guerras desnecessárias com a Carolina. Queria que ela comesse porque estava magra. Foi com a leitura de “Mi nino no me come” do pediatra Carlos Gonzalez que compreendi que o meu leite era mais completo do que papas, sopas ou bananas. Que a introdução dos sólidos não serve para substituir o leite materno mas, sim, para dar a conhecer ao bebé novos sabores e texturas. Os bebés têm o resto da sua vida para comerem sólidos e poucos meses ou anos para consumirem o melhor alimento que existe para o ser humano: o leite materno.


Neste momento a Carolina tem 8 meses e meio e cerca de 6 quilos e meio. É uma bebé linda, brincalhona e feliz. Usa roupa para 9 meses e 1 ano porque é comprida embora não seja gorda. Ter uma bebé com baixo peso tem sido uma aventura. Reconforta-nos o facto de termos arranjado uma pediatra sensível que aceitou o baixo peso como normal, tendo em conta todo o historial. Mas o melhor tem sido ver que o meu leite a alimenta e que ela tem vindo a engordar todos os meses e a desenvolver-se normalmente. Vivemos, eu e o meu marido, momentos muito difíceis mas, graças ao apoio das conselheiras e aos livros a que tive acesso, mantenho a amamentação em livre demanda. Finalmente, posso dizer que agora desfrutamos do prazer de sermos pais.


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